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Sim, as imagens comprovam (Festa do troca - carnaval 12/02/2010)

Não se sabe bem como, mas o frenesi do carnaval fez com que subitamente garotos fossem garotas e garotas fossem garotos...


Festa dos malacos e mocréias...






E ai estão os Malacos...



E ai estão, arrasando, as Mocréias...

Professor Paulão...


Estagiária do Paulão...



Parece que este ano promete ser, no mínimo, divertido... aguardem relatos (com imagens para comprovar) das próximas peculiaridades da unidade...

O que muda na mudança?

"O que muda na mudança
se tudo em volta é uma dança
no trajeto da esperança,
junto ao que nunca se alcança?"
(Carlos Drummond de Andrade)


O sentido, ou melhor, a síntese das possibilidades semânticas do signo mudança, já que "sentido" possibilita um campo semântico que aos sentidos nega o que à imaginação reitera, é ela não ser um fim em si mesma. Mudar é ser contínuo, ser tudo a partir do nada, ser um começo que não pressupõe um fim. Mudança é manifestação vital e intelectual, co-articuladas na busca de sentido inerente em um mundo no qual o sentido já não é mais possível. Mudar é não ser o pensamento de outro, é fazer com que cada pedaço da existência exista um pouco mais no Eu individualizado e no Eu coletivo, transmudando os pequeninos nadas em momentos de contemplação própria e alheia, para que a existência passe, efetivamente, à vivência.

A mudança é uma dança, é o semear de um campo de oscilações semânticas, um trajeto a se percorrer refutando o intuito de se deparar com um ponto de chegada. Não pressupõe e, na maioria das vezes, provavelmente não deva valer-se da subjetividade extrema, o que também não corrobora a tese de que pela coletividade mudar-se-á o mundo. O sol que nasceu ontem é o mesmo que nasce hoje e nascerá amanhã. Para os olhos de alguns ele pode iluminar mais, para os olhos de outros pode iluminar menos. Mudar de perspectiva, enxergar através de outros... não que isso vá mudar o mundo, mas pode ser um indicativo de esperança em lugares onde nada se alcança.

Mudança é o não contentamento, a negação da auto-ajuda, a busca pelo absoluto. Busca desiludida, já que o absoluto define-se por si só como inalcançável. Desilusão efêmera, ou assim o deveria ser, já que a herança maior é o que se encontra junto ao que não se alcança. O trajeto desta busca nos possibilita construir e compartilhar o que somos. E todo ser, enquanto nesta condição, tem sua constituição calcada na semântica da mudança.

Mudança é ser ontem, hoje e depois... ser aquele e ser você mesmo, ser outro e querer mudar... é não rejeitar o que você foi, não negar o que você é e não fugir do que você será. As pedras, as rosas, ambas são do povo e todos as teremos no caminho. O que muda na mudança? O que mudamos na mudança.
(Ricardo Escudeiro Sabino)